BRASIL – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga esquemas de pirâmides financeiras aprovou, nesta quarta-feira (23), a quebra de sigilo bancário de Cauã Reymond, Tatá Werneck e do jornalista Marcelo Tás, destaca o jornal O Globo.

Os três artistas estão sob investigação devido às propagandas que fizeram para a empresa Atlas Quantum no ano de 2018, período em que a empresa foi acusada de envolvimento em um golpe que teria afetado cerca de 200 mil investidores.

A Atlas Quantum, cujo proprietário Rodrigo Marques dos Santos também teve seu sigilo bancário quebrado, é acusada de praticar um golpe financeiro que envolveu um montante de R$ 7 bilhões e teve conexões com criptomoedas. Diante das alegações e suspeitas envolvendo a empresa, a CPI busca elucidar a extensão das relações entre os famosos e a Atlas Quantum.

O pedido de quebra de sigilo partiu do deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL/SP), que anteriormente já havia solicitado a presença de Cauã e Tatá na Comissão. Contudo, ambos obtiveram um habeas-corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal que os isentou de comparecer à Câmara dos Deputados em Brasília.

A quebra do sigilo bancário dos artistas visa a obtenção de informações financeiras que possam esclarecer as relações comerciais que mantiveram com a Atlas Quantum. Tanto Cauã Reymond quanto Tatá Werneck participaram de campanhas publicitárias da empresa por meio das redes sociais, em um evento chamado “Desafio dos Investidores”, durante o ano de 2018. O vídeo da campanha ainda está disponível no Facebook.

Em resposta à quebra de sigilo, os advogados de Tatá Werneck se pronunciaram, classificando a medida como absurda. Afirmaram que a atriz nunca foi sócia da empresa, não investiu nela e não se beneficiou financeiramente dela. A nota dos advogados ainda expressa que consideram a quebra de sigilo descabida para os objetivos investigativos da CPI.