Brasil – A Igreja Mundial do Poder de Deus foi condenada a indenizar uma funcionária que fez greve por atraso de salários depois que o líder da instituição, Valdemiro Santiago, disse que os empregados que fizeram as paralisações eram “imundos” e “endemoniados”.

A Justiça do Trabalho de São Paulo fixou a indenização no valor de R$ 15 mil.

Uma testemunha chamada pela funcionária disse no processo que Valdemiro afirmou que “os funcionários que estavam em greve não eram dignos de trabalharem lá, eram ingratos” e que “mandaria todos embora em razão dos grevistas e terceirizaria tudo”.
O processo contra a Igreja Mundial por falas de Valdemiro

A Igreja Mundial disse desconhecer essas falas de Valdemiro. Fernanda Zanon Marchetti, juíza do caso, considerou que houve confissão “ficta” da Igreja Mundial na sentença de condenação.

O termo é usado para qualificar a falta de contestação ou uma evasiva de uma das partes sobre um fato importante num processo.

A juíza também disse que “a crença religiosa não pode servir” de desculpa para agredir pessoas, “de forma deliberada, qualificando-as pejorativamente” no processo.

Fonte: Revista Oeste