Amazonas – A crise no clima está afetando drasticamente a vida de pessoas no mundo todo. Aqui na Amazônia, dezenas de cidades, como Manaus, capital do Amazonas, têm enfretado um problema sério com a seca.

No rio Tapajós, na região amazônica, o tráfego de barcaça – balsa grandes que faz transporte de cargas – foi afetado por conta da seca. Algumas empresas de navegação informaram os clientes de que as viagens estavam sendo remarcadas ou alteradas.

A agência de notícias Reuters teve acesso a uma nota da Alphamar, empresa de transporte, que foi enviada a clientes nesta semana.

“Devido à estação seca no rio Amazonas, a situação atual da navegação de barcaças no rio Tapajós está ficando restrita”, dizia o comunicado.

Redução das cargas e atraso

Com a seca severa do rio, os comboios de barcaças estão bem menores no rio, além de estarem com as cargas reduzidas em até 50%. Tudo isso para garantir a segurança e evitar ficar encalhado.

O navio MV Bravery, da agência Cargonave, iria atracar no porto de Santarém, oeste do Pará, para pegar uma carga de milho e levar para o Irã, mas, por conta da seca no rio, a viagem foi afetada.

A previsão de chegada da embarcação era de 10 de outubro. Agora, a embarcação só deve ancorar no dia 25 deste mês. De acordo com a empresa, os calados dos portos às margens do rio Tapajós estão muito baixo, sendo os menores níveis já registados.

Reduzir a carga ou fazer adaptações no período da seca é normal, segundo as empresas, no entanto, as proporções são menores.

A Hidrovias do Brasil reconheceu que o cenário atual é “mais crítico” e que está se transformando muito rapidamente.

Aqui no Pará, os portos de Itacoatiara, Santarém e Barcarena são os que mais recebem cargas de grãos e até o momento estão operando normalmente.

Fonte: DOL