Brasil – Nesta segunda-feira (30), a Polícia Civil tenta prender o ex-senador de Roraima Telmário Mota (Solidariedade), suspeito de tentar matar Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, que era mãe de uma filha do político e que no ano passado (2022), acusou o ex-senador de estupro.

Antônia Araújo de Sousa, 52 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça em 29 de setembro do ano passado em Boa Vista, quando saía para trabalhar.

Além de Telmário, são alvos da operação um sobrinho do ex-senador, identificado como Harrison Nei Correa Mota, conhecido como “Ney Mentira”, e um dos executores do assassinato, o Leandro Luz da Conceição – que teria dado o tiro que matou Antônia.

Em agosto de 2022, a filha de Telmário, que estava com 17 anos, registrou queixa contra o então parlamentar, que a teria assediado e tentado tirar sua roupa durante o Dia dos Pais. Telmário então negou a acusação e se disse vítima de perseguição política.

“Desde pequena a gente mantinha contato, ele era distante, mas eu era a filha mais próxima dele. Ele nunca tinha dado sinal de um comportamento assim comigo, nunca. Nem para mim, nem para as outras filhas dele. Abalou todo o meu mundo”, disse a jovem.

Outras Acusações

  • Em 2015, a jovem Maria Aparecida Nery de Melo, à época com 19 anos, com quem Telmário mantinha um relacionamento, o acusou de tê-la agredido. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de uma investigação sobre o caso em agosto de 2016.
  • Em 2016, durante o mandato como senador, Telmário se envolveu em polêmicas relacionadas à rinhas de galo.Em depoimento dado à época, ele disse que não participou das competições com animais, descoberta pela polícia numa chácara em que estava para um aniversário.
  • A mulher de Telmário, a médica Suzete Oliveira, foi condenada em 2016 em segunda instância a seis anos e oito meses de prisão por envolvimento no esquema de desvio de verbas públicas conhecido como ‘escândalo dos gafanhotos’.
  • Enquanto era senador, em janeiro de 2021, Telmário promoveu uma festa com aglomeração na Praça do Grêmio, no Centro de Rorainópolis, ao Sul de Roraima enquanto o estado passava pela fase mais grave da pandemia da Covid-19. A festa ocorreu após a Saúde anunciar que o Estado vive a fase grave da pandemia.