Brasil – O ministro da Educação, Camilo Santana, foi convidado pela Comissão de Agricultura, da Câmara dos Deputados, a prestar esclarecimentos sobre o episódio envolvendo o agronegócio em questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O requerimento de convite (REQ 152/2023) foi aprovado nesta quarta-feira (8/11).

Segundo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o conteúdo das questões estaria promovendo uma percepção negativa do setor agropecuário.

A FPA emitiu nota, nessa segunda-feira (6/11), pedindo a anulação das questões, as quais consideram não ter critérios científicos adequados. Caso Camilo não compareça ao encontro, ele será convocado.

A principal queixa dos membros da FPA trata das referências bibliográficas utilizadas nas questões, que têm como tópicos a Amazônia e o Cerrado. Onze parlamentares da Frente consideraram a abordagem das questões ideológica, com “discriminação do setor agropecuário”, e mencionaram suposta “politização da prova”.

Repúdio

Alguns parlamentares se manifestaram sobre o caso. O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Tião Medeiros (PP-PR), afirmou que as referidas questões prestam um desserviço à imagem construída pelo agronegócio. “Enquanto nós batalhamos diariamente para construir uma imagem positiva do agronegócio, como pilar da economia brasileira, formador de mão de obra, gerador de riqueza, renda e desenvolvimento, vem o Enem e comete um grave desserviço”, criticou.

Uma das principais críticas foi da deputada Coronel Fernanda (PL-MT). Para ela, o Enem deve priorizar a imparcialidade e objetividade, e afirmou que as duas referidas questões desinformam a população sobre o setor agropecuário.

Mais requerimentos

Além do convite ao ministro da Educação, a comissão aprovou o requerimento (REQ 149/2023) para a ministra do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva. Ela foi chamada para esclarecer sobre as medidas tomadas pela pasta acerca do setor agropecuário brasileiro.

O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) destacou que esse é um encontro importante, tendo em vista uma “clara perseguição ao agronegócio brasileiro e aos produtores rurais”.

Fonte: Metrópoles