Brasil – Noiva de Zé Trovão (PL), Ana Rosa Schuster Silveira foi à Delegacia Especial de Atendimento a Mulher, em Brasília, e disse ter sido agredida pelo deputado neste domingo (19/11). Segundo fontes que tiveram acesso ao depoimento, Ana Rosa relatou ter levado “tapas” e ter sido “enforcada” pelo parlamentar.

No mesmo dia, Zé Trovão também foi à polícia e deu sua versão sobre o caso. Eleito por Santa Catarina, o caminhoneiro recebeu 71 mil votos em 2022. Ele é filiado ao mesmo partido de Bolsonaro e, assim como sua noiva, é próximo da família do ex-presidente.

Ana Rosa Schuster disse à polícia que Zé Trovão chegou ao apartamento em que o casal mora por volta das 4h da manhã de domingo. Às 11h, eles iniciaram uma discussão e o deputado teria passado a agredi-la psicologicamente, afirmando que queria pôr fim ao relacionamento.

A noiva teria se exaltado e dito que Zé Trovão seria “um lixo”. Ela relatou que, então, o deputado a teria empurrado contra a parede, desferido tapas e tentado enforcá-la.

Antes de soltá-la, Zé Trovão teria dito à noiva que ela não iria mais “atrapalhar sua vida”. Ana Rosa Schuster usou o telefone para pedir ajuda. Antes da chegada da polícia, segundo as declarações de Ana Rosa Schuster, Zé Trovão teria acompanhado a noiva até o andar térreo, expulsando a mulher do prédio.

Instituto Médico Legal

A ocorrência foi enquadrada na Lei Maria da Penha e Ana Rosa Schuster Silveira foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de lesão corporal.

Na delegacia, Ana Rosa Schuster contou já ter sido ameaçada com uma faca outras duas vezes por Zé Trovão. Entretanto, ela não apresentou provas. Vizinhos do casal relatam que as discussões entre os dois são frequentes.

Em agosto, Zé Trovão e Ana Rosa Scuster receberam Bolsonaro e Michelle na fazenda do deputado. Os dois casais andaram de cavalo e Zé Trovão chegou a sofrer uma queda sem gravidade.

Investigação

Zé Trovão chegou a ser investigado e preso por discursos de ódio contra Lula. O deputado foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e teve suas redes sociais tiradas do ar por determinação de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas cautelares foram revogadas pelo ministro em maio deste ano.

Fonte: Metrópoles