Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou na manhã desta 4ª feira (29.nov.2023) da sessão de encerramento da mesa redonda Brasil-Arábia Saudita, em Riade. Em seu discurso, convidou o país do Oriente Médio a se tornar sócio do Brasil no desenvolvimento de uma nova matriz energética mais sustentável.

“Se a Arábia Saudita é o país mais importante na produção de petróleo, de gás, daqui a 10 anos, o Brasil será chamado de ‘a Arábia Saudita da energia verde’”, disse Lula a empresários e autoridades do país. “Sejam sócios do Brasil no desenvolvimento dessa nova matriz energética que o mundo precisa, que o mundo sonha e que nós podemos oferecer”, completou. Leia a íntegra do discurso (PDF – 215 kB).

Segundo o petista, o governo brasileiro viaja o mundo não apenas para pedir investimentos e vender seus produtos, mas para “construir parcerias”.

“Nós estamos viajando na tentativa de construir parcerias. Não é apenas saber quanto que o fundo da Arábia Saudita pode investir no Brasil, mas é saber também quanto que os empresários brasileiros podem investir na Arábia Saudita”, afirmou.

Neste sentido, Lula convidou os líderes sauditas a fazerem “investimentos cruzados entre a Petrobras e empresas sauditas para a produção de fertilizantes. E dar uma garantia ao mundo com a incerteza criada pela guerra da Rússia na Ucrânia”.

“Estamos falando em desenvolvimento econômico enquanto o mundo fala em guerra”, disse Lula em crítica ao conflito. “A guerra não traz nada a não ser miséria e morte, a não ser destruir. Quando um país chega a decretar guerra, é porque ele está decretando a falência da capacidade do diálogo.”

Por fim, o presidente brasileiro também destacou o papel do país do Oriente Médio no Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na avaliação do petista, a Arábia Saudita precisa “ajudar a fortalecer o Banco dos Brics” e colaborar com a mudança da faceta dos bancos multilaterais, “para que eles possam tratar de financiar o desenvolvimento dos países mais pobres sem taxas de juros escorchantes, que termina por matar qualquer possibilidade de investimento dos países”.

Fonte: Poder 360