Brasil – O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) rebateu, durante entrevista ao podcast “IstoÉ Eleições 2024”, o rótulo de invasor de casas que recebe de seus adversários políticos. “O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) dá casa para as pessoas, não toma o imóvel de ninguém”, disse.

Ao ser indagado sobre como pretende conquistar a confiança do eleitorado paulistano, visto que é tachado como extremista de esquerda, Guilherme Boulos respondeu: “Para mim, essa campanha será uma oportunidade para mostrar o que o MTST faz. Eu tenho o maior orgulho de ter passado os últimos 22 anos da minha vida lutando ao lado das pessoas que precisam de uma casa”.

Ele ainda ressaltou a ação realizada pelo movimento durante a pandemia de Covid-19. “Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava imitando pessoas morrendo por falta de ar, o MTST criou 40 cozinhas solidárias pelo Brasil para atender quem estava com fome porque havia perdido o seu emprego”, completou.

O deputado também frisou que as mesmas pessoas que o criticam não chamam de extremistas as pessoas que invadiram e depredaram o STF (Supremo Tribunal Federal), o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional no dia 8 de janeiro deste ano. “Inclusive, não escutei até agora uma palavra do atual prefeito de São Paulo sobre isso, (e não haverá) porque ele quer o apoio de Bolsonaro”, acrescentou.

Motivação para disputa

Logo no início da conversa, Guilherme Boulos foi questionado sobre a sua motivação de lançar a sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo, que respondeu: “Resolvi fazer isso para poder cuidar da cidade e fazê-la mais humana, onde as pessoas possam ter casas e as crianças não precisem revirar o lixo ou ficarem com placas no semáforo pedindo comida”.

“São Paulo merece ficar entre as cidades mais modernas e sustentáveis do mundo. Mas hoje, infelizmente, temos uma gestão em que não há comando e não tem dimensão dos desafios da cidade”, afirmou ele em referência ao apagão da Enel ocorrido na região metropolitana e capital paulista no início de novembro, quando milhares de casas ficaram dias sem energia elétrica.

Fonte: Istoé