Brasil – Em depoimento à Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira, o advogado Frederick Wassef – ligado à família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – afirmou que o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, hoje um dos advogados do ex-mandatário neofascista, foi quem lhe pediu para recomprar o relógio Rolex, recebido do governo da Arábia Saudita. Anteriormente, a joia fora vendida a uma loja na Pensilvânia (EUA), pelo tenente-coronel Mauro Cid, na época ajudante de ordens da Presidência da República.
O tenente-coronel Mauro Cid foi o principal negociador do Rolex, segundo a PF. Informações enviadas pelo FBI à PF revelaram e-mails de Cid com a loja Precision Watches. Nas mensagens, Wassef aparece como a pessoa que recomprou o relógio, que havia sido incorporado ilegalmente ao acervo de Bolsonaro.
Mandante
Segundo os e-mails em poder da PF, Cid teria dito ao estabelecimento comercial norte-americano que pagaria o relógio em dinheiro vivo e que Wassef faria o negócio. Em troca, Cid ouviu da loja que era preciso assinar um documento, uma vez que o valor da transação superava US$ 10 mil (hoje cerca de R$ 50 mil).
Os documentos, no entanto, desmentem a versão apresentada por Wassef. Em agosto, ele disse que viajou à Pensilvania para recuperar o relógio, mas negou que fora a mando de alguém. No mesmo mês, a PF apreendeu quatro celulares do advogado quando ele estava em um restaurante em São Paulo.
No entanto, diante de novas informações, foi obrigado a admitir que foi enviado para fechar o negócio. Wajngarten teria participado do planejamento e teria sido o mandante direto da recompra, operacionalizada por Cid.
Fonte: msn