Brasil – De olho nas eleições municipais e, principalmente, em 2026, o PT se volta novamente para o público evangélico. O setor com características conservadoras e de comportamento refratário ao progressismo esquerdista já esteve próximo dos governos petistas, mas foi capturado pelo bolsonarismo nos últimos anos, algo que incomoda muito o presidente Lula.

Ele demonstra estar inconformado pelo fato de o seu partido encontrar barreiras quase intransponíveis em busca do apoio desse público mesmo contando com parlamentares e apoiadores que professam a fé, como o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, e a deputada federal Benedita da Silva, ex-governadora do Rio de Janeiro.

A orientação para mirar esse segmento partiu do próprio presidente. Ele demonstrou preocupação em relação ao diálogo dos petistas com os evangélicos durante conferência eleitoral do partido, realizada em Brasília em dezembro passado.

Foi direto ao ponto: “Temos de entender os evangélicos e aprender a conversar com eles. Será que nós estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós? Será que nós estamos tendo competência para convencer o povo das nossas verdades?”

As queixas de Lula ressurgiram depois que uma pesquisa Datafolha entre os evangélicos, divulgada em dezembro passado, que reforçou a desconfiança das principais lideranças em relação ao PT.

Fonte: Istoé