Brasil – Jair Bolsonaro minimizou o elogio de Valdemar Costa Neto a Lula e garantiu que a relação com o dirigente, que comanda o PL, segue harmônica:

“O casamento com o Valdemar está firme. Nele, eu sou o marido. E todos sabem que quem manda na relação é a mulher [risos]. Valdemar é o comandante do partido”, afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente minimizou as recentes declarações do dirigente exaltando Lula.

“Valdemar tem um coração grande. Por isso, elogia muita gente. Ele não tem maldade. Em nenhum momento do vídeo que circulou [sobre a fala de ‘implosão do partido’] eu citei o nome do Valdemar. Como dirigente partidário, ele tem cumprido o que foi acordado comigo”, disse, sem entrar em detalhes sobre quem seria o alvo da crítica do vídeo.

“O sentimento da população é nítido. A popularidade do Lula só cai. Para ir a uma praia, tem que cercar a praia [para não ser importunado]”, afirmou Bolsonaro.

Sobre divergências com Valdemar nas eleições municipais deste ano, como em São Paulo, Bolsonaro adotou tom de cautela. O ex-presidente já manifestou torcida por Ricardo Salles [deputado e ex-ministro do Meio Ambiente], ao passo que Valdemar externou preferência pela reeleição do prefeito Ricardo Nunes, do MDB.

“Todo mundo quer saber como o PL vai se posicionar em São Paulo. Quem será indicado para vice do Ricardo Nunes. E eu não vou falar disso agora [risos]. O que posso dizer é que tenho conversado muito com o Valdemar”.

A coluna apurou que, a aliados, o dirigente afirmou que a chance de apoiar a candidatura de Salles é “zero vezes zero”, uma vez que já foi duramente criticado pelo deputado. Contudo, apoiadores de Salles argumentam que, em se tratando de política, zero não existe.

Integrantes do partido dizem que a maior possibilidade, no momento, é o PL indicar o vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes.

Maior fundo eleitoral

Por ter eleito a maior bancada de deputados federais em 2022, o PL terá direito à maior fatia do fundo eleitoral no pleito municipal deste ano. O partido, que tem Bolsonaro como principal cabo eleitoral, terá R$ 869 milhões para gastar em campanhas.

Ambiciosa, a meta da sigla é eleger 1.500 prefeitos em 2024.

Fonte: Metrópoles