Brasil – Alexandre Magno Abrão é o nome verdadeiro de Chorão, o vocalista da banda Charlie Brown Jr, que foi encontrado morto no dia 6 de março de 2013, em seu apartamento no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Nesta quarta-feira, fazem 11 anos da sua partida!

Muitos fãs do grupo criado na baixada santista ainda lamentam a partida do cantor, que também ajudou a popularizar o skate em nosso país.

O corpo de Chorão foi encontrado, por seu motorista particular, caído no chão da cozinha.

A Polícia Militar (PM) descartou a hipótese de homicídio e afirmou que o apartamento do vocalista do Charlie Brown Jr. estava bastante bagunçado, com várias garrafas de bebidas alcoólicas vazias e caixas de remédios, além de um sofá revirado e até marcas de sangue.

O laudo feito Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo constatou que havia 4,714 microgramas de cocaína por mililitro de sangue no corpo do líder do Charlie Brown Jr. Em função disso, a causa da morte de Chorão foi uma overdose de cocaína.

CHORÃO E A DEPRESSÃO

O delegado responsável pelo caso lembrou que, na época, não fazia muito tempo que o cantor havia se separado da esposa, Graziela Gonçalves, que serviu de inspiração para a criação da música ‘Proibida pra Mim‘ e várias outras do Charlie Brown Jr. Chorão estava depressivo por conta do processo de separação.

Em seu livro ‘Se não eu, quem vai fazer você feliz‘, Graziela Gonçalves citou os motivos que levaram o ex-marido à depressão. Ela afirmou que Chorão vivia uma fase de muita angústia e não conseguia recuperar a autoestima profissional.

Graziela acredita que o estopim para os problemas emocionais de Chorão surgiu em 2012, após ele descobrir que não poderia se tornar bombeiro, um antigo sonho que ele tinha.

“Apesar do retorno recente e bem-sucedido da antiga formação do Charlie Brown Jr., com uma agenda cheia de shows pra cumprir, o estado de espírito dele era de insatisfação permanente. ‘Quero fazer alguma coisa que me preencha, que me faça sentir vivo de novo’, ele tinha me dito poucos dias antes”, disse.

“Com essa ideia na cabeça, o Alê saiu naquela tarde e foi até o Corpo de Bombeiros, perto do prédio onde moramos em Santos. Ele voltou pra casa depois de algum tempo, com o rosto molhado das lágrimas que ainda caíam. O Alê descobriu que existe uma série de procedimentos e exigências para ser bombeiro. Uma delas era a idade, que ele já tinha ultrapassado”, complementou.

DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Graziela afirmou que, além desse sonho que Chorão não poderia realizar, ele não tinha mais criatividade para produzir novas músicas, o que resultou em variações de humor e dependência química, o que a deixava preocupada durante as viagens do Charlie Brown Jr.

As crises do cantor só pioraram com o passar do tempo e Graziela não teve outra escolha a não ser acompanhá-lo em tratamento médicos, mas que não adiantaram muito e Chorão logo voltou a fazer uso de drogas.

Por conta disso, ela decidiu se separar de Chorão, mas confessou que fez isso para fazê-lo parar com o vício e que já haviam se separado brevemente em outras ocasiões por conta do uso de drogas por parte do cantor.

Em seu livro, ela também garante que sonhou com a partida de Chorão no mesmo dia em que seu corpo foi encontrado em seu apartamento.

Fonte: Revista Cifras