Brasil – A Polícia Civil efetuou, na manhã desta quinta-feira (14 de março), a prisão preventiva de um casal suspeito de mandar matar um homem de 38 anos que exercia a função de cuidador de crianças no Aglomerado do Índio, em Venda Nova. O crime aconteceu no dia 4 de janeiro de 2021, quando a vítima foi surpreendida em casa, arrastada até a rua, onde foi morta com 20 disparos.

Um das principais linhas de investigação da Polícia Civil é a de que a morte teria ocorrido porque o casal não queria pagar R$ 200 para a vítima. Ele teria cobrado o valor dos suspeitos. O homem ao lado da companheira prestava serviços de cuidadores de crianças na região. Mas, segundo informações, a mãe da criança suspeitava que o homem poderia estar abusando de seu filho de 4 anos.

Durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (14 de março), a delegada Ligia Montovani explicou que a suspeita, de 24 anos, alegou que o filho chorava demais quando estava sob os cuidados do homem e de sua companheira. O boato teria chegado até os traficantes que atuam noAglomerado do Índio, e segundo a Polícia Civil, até a própria suspeita teria procurado os traficantes pedindo que eles “tomassem providência”.

No entando, delegada Lígia Mantovani afirmou que os boatos não foram comprovados nos autos do processo. “Não há, nos autos, nenhum tipo de comprovação dessa abuso. O que se tem é o boato, que não tem respaldo em atestado de corpo de delito, oitivas, exame psicólogo, e não tem boletim registrado”. A delegada explicou, ainda, que segundo os autos do processo, a criança ficava muito tempo na casa dos curadores, dando a entender uma possível negligência por parte da genitora da criança.

O fato ocorreu há três anos, quando a vítima, que estava na casa do vizinho e na presença de seu sobrinho, foi surpreendida com três homens que entraram na residência usando touca ninja, o arrastaram até a rua e efetuaram 20 disparos na região superior do corpo. As investigações continuam em busca de encontrar os executores do crime.

No depoimento dos suspeitos após a prisão, o pai da criança teria alegado que passava o valor do pagamento para a mãe da criança, e ela era a responsável por repassar a quantia ao cuidador. Ele também acusou a mãe da criança de espalhar os boatos e pedir a morte do cuidador. O casal já não morava mais junto e ambos têm passagem por tráfico de drogas. A criança está sob cuidados dos familiares.

Fonte: O Tempo