Brasil – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ofereceu denúncia contra a empresária Jaqueline Santos Ludovico e contra a amiga dela Laura Athanassakis Jordão, após um caso de injúria e homofobia em uma padaria no bairro Santa Cecília, no centro de São Paulo (SP).

A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) havia indiciado Jaqueline por lesão corporal e injúria racial, após ela ser flagrada ao atacar um casal gay no estabelecimento comercial.

O episódio de homofobia ocorreu na madrugada de 3 de fevereiro, na Padaria Iracema, na Avenida Angélica. As vítimas foram o assessor de imprensa Rafael Gonzaga, 32 anos, e o engenheiro civil Adrian Grasson, 32, que registraram ocorrência na Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi).

Por meio de nota enviada à imprensa, a defesa das vítimas informou que recebeu com “serenidade e anseio por justiça” a notícia da denúncia apresentada pelo MPSP contra Jaqueline e Laura.

“O Ministério Público imputa-lhes os crimes de injúria racial, lesões corporais, ameaças e vias de fato. Somadas, as penas máximas previstas em lei, para Jaqueline, podem chegar a 12 anos de prisão, enquanto, para Laura, a 10 anos”, diz trecho da nota.

O advogado que representa as vítimas, Flavio Grossi, acrescentou que, agora, aguarda o recebimento da denúncia pelo poder Judiciário e a instrução processual, “que, certamente, provará os vis atos das agressoras, as quais deverão ser exemplarmente punidas.”

Imagens

Vídeos gravados por Adrian mostram quando Jaqueline, visivelmente alterada, parte para cima de Adrian e Rafael com empurrões.

O assessor de imprensa se feriu e teve um sangramento no nariz. A empresária também empurra outras pessoas durante a briga e tenta chutar um homem que comia ao balcão, depois de ele afastá-la com a mão enquanto ocorria a confusão.

Fonte: Metrópoles