
Brasil – Depois de ter recebido ataques nas redes sociais e ter perdido 200 mil seguidores por ter anunciado novo clipe gravado em um terreiro de candomblé, Anitta decidiu antecipar o material. Originalmente programado para sair na quarta-feira (15), o clipe de “Aceita” foi lançado hoje. Junto com ele, a Poderosa publicou um texto sobre a intolerância religiosa que sofreu em seu perfil nas redes sociais. As informações são do Extra.
“Ontem, quando anunciei o lançamento deste clipe, perdi mais de 200 mil seguidores em menos de 2 horas. Eu já falei da minha religião inúmeras vezes, mas parece que deixar um trabalho artístico pra sempre no meu catálogo foi demais para quem não ACEITA que o outro pense diferente. Eu acredito que as religiões são rios que desembocam num mesmo lugar: Deus, a inteligência suprema. Eu não acredito no céu e no inferno, não acredito no diabo… acredito que todos nós temos o poder de manifestar em nós o divino e a diabólico. Quando recebo mensagens de repúdio e intolerância religiosa, não sinto energia divina sendo emanada em minha direção, sinto a energia contrária. Eu tenho fé, não tenho medo”, escreveu Anitta no Instagram.
Em apenas duas horas, o clipe reuniu mais de 135 mil visualizações no YouTube. “Aceita” é o título de uma das canções do álbum “Funk Generation”, lançado pela artista em 26 de abril.
“Meu novo clipe traz imagens de vários tipos de crenças. Tenho uma paixão profunda por diferentes manifestações da fé, diferentes formas de me conectar com o espírito. Em nenhuma delas sinto que quando morrermos seremos punidos e julgados, sinto que vamos pra onde esteja vibrando a mesma frequência que o meu espírito. E aqui, nessa vida, meu compromisso comigo mesma é vibrar na frequência de maior luz que eu conseguir”, continuou a cantora.
Depois da perda de seguidores e ataques de outros nas redes sociais, os fãs da arista se manifestaram e “ACEITA ANITTA” se tornou o assunto mais comentado no X (antigo Twitter). No texto publicado em seu perfil na web, a brasileira continuou:
“Eu não desejo punir ou julgar nenhuma das pessoas que me atacam neste momento por expor minha religião. Eu desejo que sigam o caminho da evolução. Cada um no seu tempo. Se continuarmos exigindo que o outro pense igual a você, se seguirmos com a intolerância, se não aprendermos a abrir mão de uma coisa ou outra em nome da paz, encontrando um meio termo, nosso mundo vai se acabar em guerra, matando uns aos outros pra ter razão no final da discussão. Talvez até se esqueçam como começou a discussão. Simplesmente fica a briga pela briga”.
Fora “ACEITA ANITTA”, outro assunto que passou a ser bastante comentado nas redes sociais foi a palavra “candomblé”. Não à toa: na última segunda (13), são comemoradas duas datas culturalmente relevantes para o debate sobre o legado histórico das populações pretas e afro-brasileiras no país. O Dia dos Pretos Velhos, entidades cultuadas pelas religiões de matriz africana que trazem memórias de seres humanos escravizados que viveram até alcançar uma idade avançada, além dos 136 anos da assinatura da Lei Áurea, documento assinado pela princesa Isabel que decretou o fim da escravidão no Brasil.
“Minha religião cultua os elementais da natureza (essa que o ser humano, a cada dia que passa, vai esquecendo da importância). Brigam tanto pra ter razão em cada coisa, mas não conseguem valorizar o óbvio, sua casa, o chão que pisa, que te dá de beber e de comer. Hoje a natureza nos cobra um posicionamento, mas estão todos ocupados demais discutindo quem tem razão, ao invés de adorar nosso bem maior, a casa que Deus nos deu. Pra você que gosta do meu trabalho, espero que curta esse clipe que foi feito com muito amor, assim como todo meu novo álbum. Estamos aqui vivendo no mundo material e o maior segredo da vida é encontrar o equilíbrio entre o espírito e a matéria. Minha vida é buscar esse equilíbrio, então se nos outros vídeos a gente só rebolou a raba e falou sacanagem, nesse a gente pode se arrepiar ou até mesmo se emocionar”, finalizou Anitta.








