
A apreensão de cigarros eletrônicos pela Receita Federal aumentou aproximadamente 14 vezes nos últimos quatro anos. Em 2023, o valor das mercadorias apreendidas atingiu R$ 61 milhões.
Desde 2009, a comercialização, importação e fabricação de cigarros eletrônicos no Brasil são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, nos últimos cinco anos, a presença dos vapes no mercado brasileiro cresceu significativamente.
Em 2019, a Receita apreendeu cigarros eletrônicos no valor de R$ 4 milhões; em 2020, R$ 2 milhões; em 2021, R$ 18 milhões; em 2022, R$ 21 milhões; e em 2023, R$ 61 milhões. Isso representa um aumento de aproximadamente 1425% de 2019 a 2023. Esse crescimento também é evidenciado pelo aumento dos processos de fiscalização da Receita, que passaram de 1.455 em 2019 para 4.618 no último ano, mais que o dobro.
No mês passado, a Anvisa decidiu manter a proibição dos cigarros eletrônicos. Os diretores da agência destacaram que os vapes podem conter até 20 vezes mais nicotina que os cigarros convencionais, além de apresentarem riscos de doenças graves como câncer de pulmão, infarto e derrame cerebral. Apesar da proibição, é fácil encontrar vapes à venda com vendedores ambulantes em áreas movimentadas ou pela internet.
Ao contrário da Receita Federal, a Anvisa não possui dados sobre a quantidade de cigarros eletrônicos apreendidos no país nos últimos cinco anos. A agência é responsável pela fiscalização desses produtos e pela coordenação das fiscalizações sanitárias nos estados e municípios.






