Francisco de Assis, conhecido como o Maníaco do Parque por uma série de assassinatos e estupros entre 1997 e 1998, teve seu perfil psicológico revelado por especialistas forenses, com descobertas que lançam luz sobre sua complexa psique. Segundo psicólogos, Francisco era homossexual e secretamente aspirava ser uma mulher, influenciando sua escolha de vítimas que refletiam essas características femininas desejadas.

Essas revelações estão contidas no novo livro do jornalista Ullisses Campbell, “Francisco de Assis – o Maníaco do Parque”, que será lançado na Bienal do Livro em São Paulo em setembro, como parte da trilogia “Homens Assassinos”.

De acordo com informações adiantadas pelo jornal O Globo, Francisco foi submetido ao Teste de Rorschach na prisão para investigar aspectos profundos de sua personalidade. Os resultados revelaram uma forte identificação com figuras femininas, além de um interesse oculto em assumir esse papel, expressando inclinações e emoções complexas associadas a essa projeção.

O modus operandi de Francisco envolvia se passar por fotógrafo de uma agência de modelos no Parque Ibirapuera, seduzindo mulheres com falsas promessas de trabalho para, na verdade, cometer estupros seguidos de assassinatos. Detalhes perturbadores obtidos através de entrevistas com sobreviventes revelam que muitas vítimas não foram penetradas durante os ataques devido à condição de fimose secundária do serial killer, que lhe causava dor durante relações sexuais.

Campbell também expõe que Francisco foi vítima de abuso sexual por seu tio na infância, um trauma que contribuiu para moldar sua trajetória criminosa.

Francisco de Assis foi capturado em 1998 e condenado por estupro, tortura e assassinato de pelo menos seis mulheres no parque. Atualmente, ele cumpre uma pena de 268 anos na Penitenciária de Iaras, em São Paulo.