
O ministro de Minas e Energia do governo Lula, Alexandre Silveira rebateu com veemência as alegações de que os consumidores brasileiros seriam responsabilizados pelos R$ 9 bilhões devidos pela Amazonas Energia à Eletrobras.
Em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira (12), Silveira classificou essas afirmações como “total desinformação”, enfatizando que a Medida Provisória (MP) 1.232/24 busca reequilibrar os custos do setor elétrico.
O ministro de Lula também negou que a MP tenha sido elaborada para favorecer a empresa Âmbar Energia, do grupo J&F, dos irmãos Batista. Ele explicou que, três dias antes da MP, em 10 de junho, a empresa adquiriu termelétricas da Eletrobras por R$ 4,7 bilhões, incluindo 13 usinas a gás natural, sendo 12 em operação e uma em implantação em Manaus.
Antes da MP, essa transação era vista como arriscada no setor, até que a legislação flexibilizou as normas para permitir a venda da Amazonas e estabelecer mecanismos para compartilhar os custos das termelétricas entre todos os consumidores de energia.
“Nenhuma parte desse montante será repassada ao consumidor brasileiro; pelo contrário”, afirmou Silveira, enfatizando que a MP não acarretará ônus adicional aos consumidores de energia devido à dívida da Amazonas Energia.
A MP 1.232/24 tem gerado debates intensos no setor elétrico e entre os consumidores, mas a postura firme de Silveira visa tranquilizar a população quanto ao impacto financeiro das medidas. Ele reiterou que o objetivo primordial do governo é garantir um sistema elétrico equilibrado e justo, sem transferir custos excessivos para o consumidor final.
A dívida da Amazonas Energia com a Eletrobras é um tema complexo que envolve não apenas aspectos financeiros, mas também políticos e regulatórios. A empresa enfrenta desafios significativos para cumprir suas obrigações, o que exigiu a intervenção governamental para assegurar a sustentabilidade do setor elétrico.