
Após poucos dias em liberdade, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) solicitou novamente a prisão preventiva do delegado Ericson de Souza Tavares. A medida foi motivada por um vídeo polêmico que Tavares publicou nas redes sociais, desagradando autoridades do Estado.
No vídeo, Tavares aparece em tom de deboche, cantando funk, usando palavrões e fazendo gestos obscenos, desrespeitando as autoridades e as vítimas dos crimes de extorsão e sequestro pelos quais é acusado. O MP-AM argumenta que sua liberdade ameaça a ordem pública, devido ao seu envolvimento em uma associação criminosa armada.
Além da prisão preventiva, o MP-AM pede a suspensão de Tavares do cargo de delegado de polícia civil para evitar novas infrações e proteger a integridade das investigações. Mesmo preso, Tavares manteve um cargo de confiança até sua exoneração em 1º de junho, conforme o Diário Oficial do Amazonas.
Embora Tavares não tenha antecedentes criminais, a promotoria aponta fortes indícios de seu envolvimento em extorsões mediante sequestro, com vítimas gravemente agredidas. O vídeo gerou indignação nas redes sociais, sendo visto como uma afronta ao Poder Judiciário e uma possível forma de intimidar vítimas e testemunhas.
O caso está sob análise da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas, sob a relatoria da desembargadora Luiza Cristina Nascimento da Costa Marques. O MP-AM sustenta que a gravidade das ações de Tavares justifica sua prisão preventiva para garantir a ordem pública e assegurar a continuidade das investigações.