A apresentação de drag queens na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris, nesta sexta-feira (26), fez referência à Última Ceia de Jesus, gerando indignação entre políticos cristãos e pastores brasileiros, que consideraram a cena uma blasfêmia.

O pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, Rio de Janeiro, foi um dos primeiros a expressar seu descontentamento. Para ele, a representação “woke” de um ícone do cristianismo foi um “escárnio” e um “deboche”.

– Na verdade, o cristianismo sempre foi odiado. Agora, o que vimos ao vivo em Paris foi ESCÁRNIO e DEBOCHE com a fé cristã, além de ser desrespeitoso – escreveu ele no Instagram.

O pastor Anderson Silva também se manifestou nas redes sociais, afirmando que “a intolerância dos tolerantes zomba da fé cristã”. Ele questionou o que aconteceria se Alá fosse blasfemado no evento e destacou que Deus não precisa de defensores, mas de testemunhas.

– A intolerância dos tolerantes zomba da fé cristã nas Olimpíadas da França, pois sabem que cristãos são pacíficos. Queria ver se as Olimpíadas ocorreriam se Alá fosse blasfemado. Deus não pediu defensores, pediu testemunhas! Ele mesmo vingará cada zombador!

Entre políticos religiosos, a reação também foi crítica. A vereadora Sonaira Fernandes (PL-SP) afirmou que a cena “tirou sarro da Santa Ceia”.

– Abertura das Olimpíadas de Paris tirando sarro da Santa Ceia. Vivemos tempos de cristofobia, de ódio aberto e gratuito contra os cristãos!

O deputado federal Mario Frias (PL-SP) resumiu a apresentação das drag queens em duas palavras: “Depravados e demoníacos!”

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) citou os versículos bíblicos de Lucas 22:19-20, que narram a Última Ceia de Jesus com seus discípulos, e fez um alerta:

– Santa Ceia de Cristo com drag queens. Vocês lembram o que aconteceu depois da encenação do Diabo pisando em Jesus no Carnaval de 2019? Com Deus não se brinca – declarou o parlamentar.