O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek Saab, informou nesta terça-feira (30) que o regime já prendeu 749 manifestantes desde o início dos protestos contra o governo.

“Serão processados por terrorismo”, afirmou Saab durante uma transmissão. “Certamente, as redes internacionais e ONGs financiadas pela USAID vão alegar que são perseguidos.”

Segundo o Código Penal da Venezuela, as penas para os crimes apontados pelo regime variam de um mês a dez anos de prisão.

Na tarde de ontem, Saab já havia alertado a oposição sobre os protestos. “Nossa instituição estará monitorando qualquer ato que pretenda iniciar uma escalada na violência para sujar a festa democrática que estamos vivendo”, disse Saab. “Advertimos que atos de violência e chamados a desrespeitar os resultados oficiais podem constituir delitos de ‘instigação pública’, obstrução de vias públicas, estímulo ao ódio e resistência à prisão.”

Ditadura da Venezuela prende aliado de María Corina

Pela manhã, o regime prendeu o ex-deputado Freddy Superlano, um dos líderes da oposição ao lado de María Corina Machado.

“Devemos denunciar responsavelmente ao país que há poucos minutos nosso coordenador político nacional, Freddy Superlano, foi sequestrado”, afirmou o partido Voluntad Popular.