Um grupo de “funcionários encapuzados” do regime de Nicolás Maduro sequestrou, nesta terça-feira (30), o líder opositor Freddy Superlano e dois de seus colaboradores, segundo denúncias dos partidos Voluntad Popular (VP) e Vente Venezuela (VV). Um vídeo publicado nas redes sociais por esses partidos mostra o momento em que Superlano é levado em um veículo por agentes da Inteligência Bolivariana.

– Alertamos a comunidade internacional sobre esta nova onda de detenções contra líderes políticos na Venezuela – declarou o VV, divulgando o vídeo no qual é possível ouvir vaias e gritos de protesto contra a detenção do opositor e de seus companheiros.

A informação foi posteriormente confirmada pelo VP, que relatou o sequestro de seu coordenador político e ex-deputado. O partido também advertiu a comunidade internacional sobre “a escalada repressiva da ditadura de Nicolás Maduro contra os ativistas da causa democrática”.

– Exigimos pacificamente a publicação dos resultados eleitorais que mostram esmagadoramente o nosso presidente eleito, Edmundo González Urrutia, como vencedor – acrescentou o partido, que faz parte da Plataforma Democrática Unitária (PUD).

A conta oficial de Superlano no X (antigo Twitter) publicou: “Estou com vocês hoje e sempre, viva a Venezuela livre”.

Superlano foi deputado da Assembleia Nacional (AN) eleito nas legislativas de 2015, com mandato de 2016 a 2021. Em 2021, ele se candidatou às eleições regionais no estado de Barinas, terra natal de Hugo Chávez, e venceu por uma estreita margem. No entanto, o resultado foi anulado sob a alegação de que Superlano estava inabilitado, apesar de ter sido registrado no Conselho Nacional Eleitoral (CNE). As eleições foram repetidas por ordem das autoridades, e a oposição venceu novamente, desta vez com Sergio Garrido, atual governador do estado.