A líder opositora María Corina Machado denunciou 16 mortes na Venezuela após as eleições de domingo, nas quais o presidente Nicolás Maduro foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral, um resultado rejeitado pela oposição.
“Alerto ao mundo sobre a escalada cruel e repressiva do regime, que até agora conta com mais de 177 prisões arbitrárias, 11 desaparecimentos forçados e pelo menos 16 assassinatos nas últimas 48 horas”, escreveu Machado no X.
“Essa é a resposta criminosa de Maduro ao povo venezuelano que saiu às ruas em família, em comunidade, para defender sua decisão soberana de ser livres. Esses crimes não ficarão impunes”, acrescentou.
A oposição afirma que as eleições foram vencidas pelo opositor Edmundo González Urrutia e pede ao CNE que apresente as atas de votação. Estados Unidos e vários países da América Latina e da Europa solicitaram um escrutínio transparente.
Após a reeleição de Maduro para um novo período de governo de seis anos, protestos eclodiram na segunda-feira em Caracas e outras cidades, resultando na morte de pelo menos 11 civis, segundo um balanço de quatro organizações de defesa dos direitos humanos apresentado na terça-feira. O Ministério Público reportou a morte de um militar.
A ONG Encuesta Nacional de Hospitales informou na terça-feira que 84 civis ficaram feridos nos protestos, enquanto o Ministério da Defesa relatou 23 militares feridos.