Após sete países da União Europeia pedirem a divulgação das atas da eleição presidencial na Venezuela, a União Europeia declarou na noite de domingo (4) que os resultados não podem ser reconhecidos.

“O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) ainda não publicou os registros oficiais de votação das seções eleitorais. Sem evidências para apoiá-los, os resultados publicados em 2 de agosto pelo CNE não podem ser reconhecidos,” afirmou o bloco econômico que reúne 27 países europeus.

O comunicado ressalta que qualquer atraso na publicação completa dos registros eleitorais aumenta as dúvidas sobre a credibilidade dos resultados. Cópias dos registros eleitorais divulgadas pela oposição e revisadas por várias organizações independentes indicam que Edmundo González Urrutia, líder da oposição, é o provável vencedor das eleições presidenciais por uma maioria significativa.

A União Europeia defende uma verificação independente dos registros eleitorais por uma entidade renomada. “A União Europeia está seriamente preocupada com o número crescente de detenções arbitrárias e o assédio contínuo da oposição,” disse o bloco, pedindo que as autoridades venezuelanas cessem as detenções arbitrárias e a repressão, além de libertar os presos políticos.

O bloco europeu também enfatiza a importância de manifestações políticas pacíficas na região. “A União Europeia pede calma e contenção. As autoridades venezuelanas, incluindo as forças de segurança, devem respeitar integralmente os direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e de reunião.”

Por fim, a organização reconheceu os esforços dos “parceiros regionais” na promoção do diálogo e de uma solução negociada para a crise na Venezuela.