Nicolás Maduro, tentando se manter no poder na Venezuela, acusou o TikTok e o Instagram de serem responsáveis pela onda de protestos no país após sua polêmica reeleição. A declaração do presidente ocorreu nesta segunda-feira (5), durante um evento em comemoração ao aniversário da Guarda Nacional Venezuelana.

“Acuso o TikTok e Instagram de fomentarem o ódio para dividir os venezuelanos e trazer o fascismo à Venezuela”, afirmou Maduro, sem apresentar provas. Ele descreveu a situação como um “golpe de Estado ciberfascista”, com o objetivo de “dividir”, “desmoralizar” e “desmobilizar” as Forças Armadas.

Maduro também comentou que essas plataformas atuam no país “sem regulação” e pediu que os órgãos de segurança façam “recomendações” sobre a questão.

Sua retórica contra influências estrangeiras surge mais de uma semana após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciar sua vitória nas eleições de 28 de julho. Até agora, o CNE não divulgou os dados das atas eleitorais que poderiam confirmar sua vitória ou indicar uma derrota. Embora Maduro atribua o atraso a um suposto ataque hacker ao sistema do CNE, a falta de transparência gera incertezas na comunidade internacional sobre o futuro da Venezuela.