A psicóloga Fátima Albuquerque, mãe da médica Arianne Albuquerque Risso, uma das 62 vítimas da queda do avião da Voepass em Vinhedo, São Paulo, compartilhou o horror de descobrir sobre o acidente pela televisão e de assistir, impotente, às imagens do avião em chamas.

“Vi minha filha queimar ao vivo na televisão,” disse Fátima em entrevista à Folha de S.Paulo, afirmando que buscará responsabilizar a companhia aérea pelo desastre.

Fátima criticou duramente a condição do avião e acusou a empresa de negligência ao operar com aeronaves em condições precárias.

“Isso não foi uma fatalidade. Foi culpa da ‘voemorte’, culpa da ganância humana. Aquilo não era um avião, era uma lata velha. Foi uma tragédia anunciada,” declarou, sugerindo também que pode responsabilizar a Latam, empresa que vendeu a passagem.

Arianne estava a caminho de um congresso de oncologia, acompanhada de outros médicos. Segundo Fátima, sua filha estava radiante com a oportunidade. O esposo de Arianne, Leonardo Risso, também expressou sua tristeza.

“Ela estava vivendo um sonho, estava muito feliz. Era vocacionada a cuidar de pessoas,” lamentou.

O enterro de Arianne ocorrerá em Fernandópolis (SP), onde reside sua família.