O Pantanal enfrenta uma situação crítica, com 2.241 focos de incêndio registrados até esta terça-feira (13), segundo o programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No acumulado do ano, o bioma já contabiliza 6.997 incêndios.

As cidades mais afetadas incluem Corumbá (MS), Aquidauana (MS), Miranda (MS), Barão de Melgaço (MT) e Cáceres (MT). Após uma melhora em julho, a situação, que havia se agravado em junho, voltou a piorar em agosto, quando foram registrados 110 focos de incêndio.

Uma pesquisa do World Weather Attribution, com cientistas de diversos países, aponta que as condições que intensificaram os incêndios em junho de 2024 foram agravadas em 40% pelas mudanças climáticas. Segundo o estudo, junho de 2024 apresentou as condições mais favoráveis à propagação de incêndios já registradas na região, sendo o mês mais seco, quente e ventoso desde 1979.

Estima-se que 440 mil hectares do Pantanal foram queimados em junho de 2024, superando o recorde anterior de 257 mil hectares e ultrapassando significativamente a média histórica de 8,3 mil hectares.

Os pesquisadores afirmam que o aquecimento global tornou as condições climáticas de junho 40% mais severas.