Manaus – A empresária e dona de empreiteira Pamela Mendonça Freire seria a financiadora da pesquisa eleitoral, onde David Almeida aparece em primeiro lugar, na eleição para a Prefeitura de Manaus. A empresa Perspectiva Mercado e Opinião que realizou a pesquisa é do empresário Durango Duarte. A pesquisa chamou a atenção pelo seu custo e figurada como uma das mais caras do Brasil, custando mais de R$ 100 mil.

Pamela é dona de uma Construtora situada em Manaus e teria pago a pesquisa de Durango Duarte à pedido de um político influente do Amazonas, na qual revelou que o atual prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) lidera as intenções de voto para a Prefeitura de Manaus, com 33% dos entrevistados indicando preferência por sua candidatura.

Em segundo lugar está Amom Mandel (Cidadania), com 22%, seguido por Roberto Cidade (União), com 13%. Capitão Alberto Neto (PL) aparece com 12%, enquanto Marcelo Ramos (PT) possui 8% das intenções de voto.

Para quem não se recorda, vai lembrar que o publicitário e pesquisador, Durango Duarte, que faz estudos e levantamentos eleitorais, errou feio no resultado do pleito de 2014 para governador do Amazonas e teve que pagar R$ 180 mil ao empresário Ronaldo Tiradentes, dono do instituto DMP, após aposta que os dois fizeram.

Na época, Durango já era dono do instituto Perspectiva e ao contrário do que diziam as pesquisas realizadas por sua empresa garantindo que não haveria segundo turno, o então governador José Melo foi reeleito em 2º turno derrotando o ex-governador e atual Senador pelo Amazonas, Eduardo Braga (MDB).

O publicitário que naquele pleito assumiu a defesa da candidatura de Braga viu suas afirmações negadas pelas urnas e ainda teve de desembolsar uma grana alta.

Família Polêmica

Os pais da Pamela, José Farias Freire e Oriente de Souza Mendonça Freire, já foram presos e alvos da Polícia Federal na Operação Albatroz que prendeu o ex-deputado Antônio Cordeiro, acusado de pertencer a uma quadrilha criminosa que desviou mais de R$ 500 milhões dos cofres públicos do Amazonas, por meio de licitações fraudulentas que envolviam empresas fictícias.

No processo, os envolvidos na operação são acusados de praticar crimes contra o sistema financeiro por meio de remessas não declaradas de valores ao exterior.

Entre os pedidos de condenação, está o do ex-deputado estadual Antônio Cordeiro e da mulher dele, Ednéia de Alencar Ribeiro Cordeiro. Durante as investigações, Cordeiro foi apontado como o chefe da quadrilha. Ele teve o mandato cassado pela Assembleia Legislativa do Amazonas em novembro do mesmo ano, por quebra de decoro parlamentar.

No dia 25 de abril de 2008, Cordeiro e Ednéia foram presos em casa, no condomínio Beethoven, na Ponta Negra. A prisão foi decretada pelo juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, Ricardo Sales. Cinco dias depois, o casal foi libertado por determinação da 3ª Turma de desembargadores do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília.

O processo tramita na 2ª Vara Federal no Amazonas, sob o número 2162-25.2008.4.01.3200.