Na última terça-feira (3), o inquérito policial revelou que Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, era brutalmente torturada por sua mãe, a empresária Cleusimar Cardoso, que está presa desde 30 de maio. A investigação, auxiliada pelo depoimento da empregada da família, confirmou que Cleusimar agredia a filha com arranhões na cabeça, beliscões e torcidas no braço.

A dependência química de Djidja a impossibilitava de se defender, o que agravava a situação.

O caso expôs uma complexa trama envolvendo drogas e rituais religiosos. A suspeita é de que o uso do anestésico ketamina, proibido como droga ilícita desde a década de 80, foi incentivado por Cleusimar e Ademar Cardoso, irmão de Djidja, como parte de uma seita religiosa que utilizava a substância para alcançar objetivos espirituais.

Cleusimar e Ademar, além de funcionárias do salão de beleza da família, Verônica da Costa Seixas e Claudiele Santos da Silva, foram presos. A polícia investiga que a seita Pai, Mãe, Vida, operava no bairro Cidade Nova, em Manaus, há pelo menos dois anos e envolvia práticas de violência física, abuso psicológico, estupro de vulneráveis e até aborto.