Brasília - O ministro licenciado da Justiça e Segurança Pública, Alexandre de Moraes, indicado para cargo de ministro do STF, passa por sabatina na CCJ no Senado Federal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Recentemente, o cenário político brasileiro sofreu uma reviravolta significativa. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu absolver Wagner de Oliveira, um morador de rua que havia sido acusado de envolvimento nos eventos de 8 de janeiro de 2023.

Detido no próprio dia dos ataques, Wagner de Oliveira foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e seu processo estava em andamento desde agosto do ano passado. A decisão de Moraes, proferida em 30 de agosto de 2023, levantou questões cruciais sobre a validade das provas e a aplicação da justiça.

Na sua decisão, Moraes destacou a falta de provas incontestáveis que comprovassem a participação de Oliveira nos crimes. Segundo o ministro, o Ministério Público não conseguiu reunir evidências concretas que demonstrassem a intenção de Oliveira de invadir ou depredar as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Depoimentos indicaram que Oliveira frequentava o acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Exército apenas em busca de alimento e abrigo. A ausência de evidências substanciais para vincular Oliveira diretamente aos atos de vandalismo aponta para a fragilidade das acusações baseadas em conjecturas.