Amazonas – Há poucos dias das eleições, acusações contra Alberto Neto, referentes a fatos ocorridos em 2017, quando ele ainda era policial militar, vieram à tona. De acordo com documentos das vítimas e filmagens da câmera de segurança de um posto de gasolina no Distrito Industrial, Zona Leste de Manaus, é possível comprovar que o então policial deu voz de prisão a um cidadão de bem, identificado como motorista de Uber.

Nos autos do processo, Alberto Neto declarou ter confundido o motorista com um traficante da área. Uma das vítimas relatou: “Foi o pior dia da minha vida. Fui abordado, colocado em um carro com mais três homens e encapuzado. A partir desse momento, ele passou a extorquir minha família, exigindo altas quantias em dinheiro.” Esse relato está respaldado pelos documentos anexados ao processo.

A indignação das vítimas continua. “Até hoje, estamos revoltados! Nos autos do Ministério Público do Amazonas, ele alegou crimes de entorpecentes, mas nada foi encontrado no carro ou com as vítimas. Mesmo assim, o MP arquivou o processo. Não conseguimos buscar nossos direitos por conta da influência do Capitão na polícia e das ameaças que sofremos de seus ‘capangas’. Infelizmente, será mais um caso sem solução pela falta de justiça no nosso estado”, declarou uma das vítimas.

O vídeo fornecido pelo posto de gasolina, que faz parte do processo, foi editado e tem cerca de 20 minutos. Acompanhe os detalhes nos autos.