
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, informou nesta sexta-feira (27/9) que o país enfrenta atualmente 931 focos de incêndio. Até o momento, 479 desses focos foram extintos, incluindo 100 em áreas de difícil acesso.
Durante entrevista à CNN, Marina destacou a responsabilidade humana nas queimadas, afirmando: “É uma guerra que precisa ser enfrentada, especialmente contra aqueles que, criminosamente, ateiam fogo em áreas produtivas, unidades de conservação e terras indígenas, mesmo em períodos de alto risco, quando o uso do fogo é proibido em todo o território nacional.”
A ministra apontou que diversos fatores agravam a situação, como baixa umidade e altas temperaturas. Aproximadamente 58% do Brasil está em seca, com um terço dessas regiões enfrentando seca extrema, ventos fortes e incêndios provocados por pessoas.
Marina também anunciou que o governo está intensificando as punições para incêndios criminosos: “Estamos reforçando as ações. Há uma curva de aprendizado.”
Neste ano, a Amazônia já registrou mais queimadas do que em todo 2023, com 102.993 focos de calor até a última quarta-feira (25/9), superando os 98.646 registrados no ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Setembro também se destaca como o mês com mais queimadas do ano, com 39.804 focos, acima da média histórica de 32,2 mil. O recorde de queimadas ocorreu em 2004, com 218.637 focos. Desde junho de 1998, o Inpe monitora as queimadas. De janeiro a agosto deste ano, houve 63.189 queimadas, mais do que o dobro das 31.489 registradas no mesmo período de 2023.