Francielly Paiva, modelo, corretora de imóveis e irmã de um traficante preso na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), tornou-se alvo da Operação Portokali, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta quarta-feira (9/10). Conhecida por seu estilo de vida luxuoso nas redes sociais, com registros de viagens internacionais e festas glamourosas, Francielly também atuava na venda de conteúdo adulto, gerenciando perfis em plataformas dedicadas.

A operação, com apoio das polícias civis de Tocantins, Maranhão, Distrito Federal e Paraná, resultou na expedição de 10 mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A investigação começou após a prisão de um suspeito em Itajaí (SC), cujo celular revelou informações sobre as atividades do grupo em Goiás.

Francielly é suspeita de atuar como uma das principais “laranjas” da organização, ajudando a movimentar grandes quantias de dinheiro do tráfico. Seu estilo de vida luxuoso nas redes sociais, incluindo viagens recentes à Europa, servia para encobrir essas atividades ilícitas.

Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, documentos e dispositivos eletrônicos que podem fornecer mais detalhes sobre o esquema. Francielly foi levada para prestar depoimento e as autoridades continuam a investigar seu envolvimento no tráfico e na estrutura financeira da organização.

O delegado responsável pela operação destacou que Francielly não só se beneficiava financeiramente das atividades criminosas, mas também utilizava sua imagem pública para desviar suspeitas. As postagens de viagens e festas contribuíam para criar uma imagem de sucesso empresarial, enquanto o dinheiro ilícito fluía em canais paralelos.

As investigações seguem em andamento, com a análise dos materiais apreendidos e o rastreamento de contas financeiras ligadas à organização, buscando identificar outros cúmplices e aprofundar as conexões de Francielly no esquema criminoso. Ela pode enfrentar acusações de envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, além de outras possíveis acusações relacionadas às suas atividades paralelas.