Sebastião Melo (MDB) foi reeleito prefeito de Porto Alegre com 61,58% dos votos, com 95,53% das urnas apuradas, tornando o resultado irreversível. Maria do Rosário (PT), que liderava as pesquisas no início da campanha, obteve 38,42% dos votos.

No primeiro turno, Melo ficou à frente com 49,72% dos votos válidos, enquanto Maria do Rosário registrou 26,27%. Também concorreram Juliana Brizola (PDT) com 19,7%, Felipe Camozzato (Novo) com 3,83%, Luciano do MLB (UP) com 0,21%, Fabiana Sanguiné (PSTU) com 0,17%, Carlo Alan com 0,07% e Cesar Pontes com 0,03%.

Melo concorreu por uma coligação formada por PP, Republicanos, MDB, PL, PSD, Podemos, Solidariedade e PRD, enquanto Rosário foi apoiada por PT, PCdoB, PV, PSOL, Rede e PSB.

Embora Jair Bolsonaro tenha indicado a candidata a vice-prefeita Betina Worm (PL) na chapa de Melo, o ex-presidente não apareceu na propaganda eleitoral da campanha em Porto Alegre, onde Lula (PT) venceu nas eleições de 2022.

Nascido em Piracanjuba (GO), Melo, de 66 anos, é formado em Direito pela Unisinos e está no MDB desde 1981. Ele foi vereador em Porto Alegre, vice-prefeito na gestão José Fortunati (2013-2016), deputado estadual em 2018 e prefeito desde 2021. Sua gestão enfrentou críticas após as enchentes em Porto Alegre em abril, com acusações de negligência no cuidado com as estações de bombeamento e o sistema de drenagem. Melo também propôs a privatização do Dmae, o que gerou polêmica.

Já Maria do Rosário, natural de Veranópolis e com 57 anos, é pedagoga e doutora em Ciência Política pela UFRGS. Ela foi vereadora e deputada estadual e atua como deputada federal desde 2003. No governo Dilma Rousseff, liderou a Secretaria de Direitos Humanos entre 2011 e 2014.