Quincy Jones, renomado produtor, arranjador e cantor, que ajudou a moldar a carreira de várias lendas da música, faleceu neste domingo (3) aos 91 anos, em sua casa em Bel Air, Califórnia, conforme comunicado nesta segunda-feira (4) por seu agente, Arnold Robinson.

– Com corações cheios, mas partidos, compartilhamos a notícia da perda de nosso pai e irmão, Quincy Jones. Embora seja uma dor imensa para nossa família, celebramos a vida extraordinária que ele viveu, sabendo que não haverá outro como ele – declarou a família Jones em nota divulgada pelo agente.

– Ele era verdadeiramente único e fará muita falta; é reconfortante e motivo de orgulho saber que o amor e a alegria que ele transmitia se perpetuarão através de suas criações. A música e o amor de Quincy Jones ecoarão pela eternidade – acrescentou a família.

Formado no jazz, Jones se tornou um dos ícones da música pop, ganhando seis dos seus 27 prêmios Grammy com o álbum Back on the Block de 1990 e sendo três vezes premiado como produtor do ano, segundo a imprensa americana.

Nascido em Chicago, em 14 de março de 1933, Quincy Delight Jones iniciou sua trajetória no entretenimento como trompetista e pianista, evoluindo rapidamente para compositor, instrumentista e maestro. Ele ocupou posições de destaque na indústria, tornando-se diretor de uma importante gravadora americana e consagrado produtor musical e cinematográfico.

Entre suas muitas realizações, destaca-se a composição Black Requiem, estreada pela Orquestra Sinfônica de Houston com um coro de 80 vozes e Ray Charles como solista, além da produção dos álbuns Thriller e Bad, de Michael Jackson, marcos na carreira do artista e na história da música pop.

Embora tenha trabalhado em variados estilos musicais, Jones sempre se orgulhou do título de “músico de jazz”. De 1980 a 1989, produziu álbuns de amigos e grandes estrelas como Michael Jackson, Chaka Khan, James Ingram, Patti Austin, Frank Sinatra e Donna Summer, além de compor trilhas sonoras, incluindo a do filme A Cor Púrpura, de Steven Spielberg.

Jones ganhou seis Grammys em uma única noite em 20 de fevereiro de 1991, durante a 33ª edição da premiação. Em 1985, produziu We Are the World, do projeto USA for Africa, um single que se tornou ícone na luta contra a fome na África. A canção, escrita por Michael Jackson e Lionel Richie, reuniu grandes nomes da música em prol da causa.