
Nesta quarta-feira (13), o empresário e jornalista Alex Braga passou por audiência de custódia no Fórum Henoch Reis, em Manaus, após sua prisão temporária na noite anterior. Ele é investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) sob acusações de estupro, coerção para aborto, violência psicológica, ameaça e perseguição contra uma prima de sua ex-companheira.
Em nota, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) confirmou a legalidade do mandado de prisão, cumprido por agentes da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), sob a coordenação da delegada Patrícia Leão. Segundo a delegada, a prisão temporária foi necessária para assegurar a continuidade das investigações, com prazo de 30 dias para conclusão. “Estamos em diligência e por isso representamos pela prisão temporária,” afirmou Leão em coletiva.
O TJ-AM informou que Braga será encaminhado a uma unidade prisional estadual, onde deverá permanecer pelos 30 dias estipulados. No entanto, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) manifestou-se contra a prisão, argumentando que ela comprometeria a segurança física do empresário. Em parecer assinado pela promotora Márcia Cristina de Lima Oliveira, o MPAM recomendou a liberdade provisória, com medidas cautelares alternativas, alegando que não houve mudanças que justificassem a manutenção da prisão.
Alex é acusado de estupro e de forçar a vítima a abortar
Alex Braga está sendo investigado por possíveis crimes cometidos em março de 2023. Segundo o relato da vítima, que trabalhava como babá do filho de Braga, ele teria ameaçado a jovem com uma arma e abusado sexualmente dela. A vítima estava na casa de Braga auxiliando a então esposa do empresário no pós-parto.
Conforme representação de prisão feita em outubro, a vítima relata que, enquanto dormia, foi surpreendida por Braga, que teria exigido que ela abrisse a porta do quarto. Segundo o depoimento, ele estava de cueca e alterado, portando uma arma de fogo, com a qual a ameaçou e, em seguida, cometeu o abuso. Na época, o pedido de prisão foi negado, mas a investigação prossegue.
A denúncia também inclui alegações de que Braga intimidou a vítima a realizar um aborto. Ela relata que ele ofereceu R$ 50 mil para que não registrasse a queixa. Segundo o depoimento, o jornalista ofereceu à vítima pílulas de Cytotec, levando-a a interromper a gestação sob pressão.









