
As críticas de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ao projeto de corte de gastos expuseram uma nova tensão dentro do governo, revelando uma divisão entre a ala mais social do partido e a equipe econômica liderada por Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Haddad comanda o grupo responsável por implementar o pacote solicitado pelo mercado como uma demonstração do compromisso do governo com a austeridade fiscal. No entanto, essa abordagem tem sido amplamente rejeitada por membros do PT e seus aliados.
Para a presidente do PT, a proposta de corte de gastos representa um “sacrifício” para aposentados, trabalhadores, saúde e educação, algo que, segundo ela, pode até alinhar-se com o neoliberalismo do governo anterior, mas está em desacordo com a promessa de reconstruir o país feita pelo governo eleito.
No manifesto publicado pelo PT nesta segunda-feira (11), o partido se posiciona contra o corte, com a assinatura de um dirigente local, Jardel Lopes. Já as legendas aliadas, como Psol, PCdoB e PCB, além de diversos movimentos sociais, se mostraram mais enfáticas na oposição.