
Entre as mensagens supostamente escritas por Francisco Wanderley Luiz no WhatsApp, o homem que morreu após detonar explosivos em frente ao STF nesta quarta-feira (13), constavam ameaças direcionadas ao jornalista William Bonner, da TV Globo, e a outras figuras públicas. Francisco mencionava a existência de explosivos na casa do comunicador e usava tom ameaçador em relação a outras personalidades.
– Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de m****: William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. Vocês quatro são velhos sebosos, nojentos. Cuidado ao abrir gavetas, armários, estantes, depósitos de matérias, etc. – dizia o texto.
SOBRE O INCIDENTE
As explosões ocorreram no início da noite de quarta (13), na Praça dos Três Poderes, onde o corpo de Francisco Wanderley Luiz foi encontrado após os estrondos. A Polícia Federal foi acionada e enviou agentes para o local, onde um carro com explosivos – pertencente a Francisco – foi localizado parcialmente destruído. Pouco antes do ataque, ele publicou mensagens nas redes sociais com críticas ao Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara e do Senado.
As explosões puderam ser ouvidas tanto do prédio do STF quanto do Palácio do Planalto. Funcionários do Supremo foram levados para uma sala segura, enquanto imagens de um carro em chamas no estacionamento da Câmara circularam nas redes sociais, onde ocorreu uma segunda explosão nas proximidades da Praça dos Três Poderes.
A Polícia Civil do Distrito Federal informou que agentes da 5ª Delegacia de Polícia (PC-DF) confirmaram ao menos uma das explosões diante do Supremo. A Câmara dos Deputados interrompeu a sessão em curso após o incidente, onde os parlamentares discutiam uma PEC relacionada à imunidade tributária para igrejas. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que presidia a sessão, pediu aos presentes que aguardassem informações de segurança antes de deixarem o Plenário.