
Na manhã desta segunda-feira, motoristas do transporte alternativo “amarelinho” realizaram uma manifestação em frente à sede do Governo do Amazonas, em Manaus, reivindicando o repasse do subsídio da gratuidade estudantil, atrasado desde julho. A paralisação envolve os 259 micro-ônibus da categoria, deixando o serviço suspenso na capital.
O protesto começou no início da manhã, com concentrações nas avenidas do Turismo e Margarita. Por volta das 7h, os veículos seguiram em direção à sede do governo, no bairro Compensa. Com faixas e cartazes, os manifestantes criticaram a ausência do pagamento, que deveria ser feito pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), conforme um convênio entre Prefeitura (30%) e Governo do Estado (70%).
Segundo Íkaro Amore, representante jurídico da categoria, o subsídio anual é dividido em seis parcelas de R$ 20 milhões, cobrindo dois meses cada. Ele afirmou que as parcelas referentes a julho/agosto e setembro/outubro, totalizando R$ 40 milhões, não foram pagas.
– Desde julho, não recebemos os valores. Do montante em aberto, cerca de R$ 6 milhões são destinados aos “amarelinhos”. Sem isso, não conseguimos operar, pois falta dinheiro para combustível e manutenção – explicou Venício José, presidente da cooperativa da classe.
Venício disse ainda que há mais de um mês tenta contato com a UGPE para obter respostas sobre o atraso, mas não foi atendido. A situação se agravou na última quinta-feira (14), quando representantes da categoria buscaram esclarecimentos diretamente na sede do órgão, sem sucesso.
Nas redes sociais, manauaras “comemoraram” a paralisação dos amarelinhos, já que, segundo boa parte dos usuários do transporte público considera que os alternativos representam um grande problema de trânsito principalmente na Zona Leste de Manaus.