
A alta da taxa Selic e a inflação têm impacto direto no poder de compra, encarecendo o crédito e desestimulando compras parceladas, enquanto a inflação compromete a renda familiar, priorizando itens essenciais. Esse cenário econômico desafia consumidores e varejistas durante a Black Friday.
Especialistas apontam que a inflação reduz o poder de compra, e os juros altos desmotivam o uso do crédito, levando a um comportamento mais cauteloso dos consumidores, que buscam descontos reais. Varejistas enfrentam dificuldades para oferecer promoções atrativas, devido ao aumento dos custos operacionais, e a expectativa é de um crescimento modesto nas vendas em comparação com anos anteriores.
Apesar disso, há um aumento na intenção de compras, com consumidores mais seletivos. Estratégias como promoções prolongadas e ofertas omnichannel têm sido utilizadas para compensar os desafios econômicos. Dados de uma pesquisa indicam que 78,5% dos consumidores planejam comprar nesta Black Friday, sendo os eletrônicos e eletrodomésticos os itens mais procurados. Quanto à forma de pagamento, o cartão de crédito é o mais utilizado, seguido pelo Pix.
Outro fator relevante é a taxação de 20% sobre compras internacionais abaixo de US$ 50, implementada desde agosto. A medida encarece produtos importados, favorecendo a competitividade do mercado nacional e incentivando o consumo de itens locais. No entanto, os consumidores que dependem de importações enfrentam maiores custos.
Os canais de compra preferidos incluem e-commerces, apps e redes sociais, com menor participação de lojas físicas e alternativas como live commerces e WhatsApp. O cenário reflete o impacto das condições econômicas e as mudanças regulatórias, moldando o comportamento dos consumidores e a estratégia do varejo na Black Friday.