Presidente Jair Bolsonaro anuncia ajuda a empresas durante a crise da pandemia do coronavírus, acompanhando presidente da CEF, Pedro Guimarães, presidente do BC, Roberto Camapos Neto, e o Presidente do BNDES, Gustavo Montezano, no Palácio do Planalto.Sérgio Lima/Poder360 27.03.2020

O ex-presidente Jair Bolsonaro cogita buscar refúgio em uma embaixada caso enfrente uma ordem de prisão. Segundo especialistas, essa estratégia poderia protegê-lo de uma prisão preventiva, mas sua eficácia depende da classificação dos crimes atribuídos a ele. Se forem considerados crimes contra a paz ou contra a humanidade, Bolsonaro não teria direito a asilo diplomático.

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro por suposta participação em um golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Esses indiciamentos estão ligados à invasão da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram prédios públicos.

Investigações apontam papel central de Bolsonaro

De acordo com a PF, Bolsonaro teria desempenhado um papel central no planejamento e execução dos atos antidemocráticos. A investigação menciona, ainda, uma reunião no Palácio do Planalto, em julho de 2022, onde o ex-presidente teria incentivado ações golpistas. Além disso, há registros de um plano que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

Análise da PGR

As conclusões da Polícia Federal estão sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresentará denúncia formal contra Bolsonaro e outros envolvidos. A decisão pode definir os rumos legais do ex-presidente e suas implicações políticas no cenário brasileiro, especialmente considerando os eventos pós-eleitorais de 2022.