Mais de R$ 310 mil em notas falsas de dólares e reais foram apreendidos pela Polícia Civil de Mato Grosso durante a Operação 777, que investigou influenciadores digitais envolvidos em jogos on-line, como o “Jogo do Tigrinho”. A investigação revelou que o dinheiro falso era usado para criar a ilusão de riqueza nas redes sociais, induzindo seguidores a acreditar que os influenciadores haviam acumulado fortuna com apostas.
A operação, deflagrada no final de novembro, resultou na prisão de seis influenciadores suspeitos de promover jogos ilegais e vender rifas fraudulentas. Foram apreendidas cerca de mil notas falsas de R$ 100 e R$ 200 e mais de 300 notas falsas de US$ 100, totalizando aproximadamente R$ 314 mil. Além do dinheiro, também foram apreendidas correntes e pingentes dourados, que, após análise, foram identificados como falsificados.
O material apreendido era usado para simular uma vida de luxo nas redes sociais, fazendo parecer que os influenciadores prosperavam com os ganhos de apostas. Além de estelionato, eles podem responder por crime de moeda falsa.
Segundo dados da operação, os seis investigados faturaram R$ 12,8 milhões só no primeiro semestre de 2024. Quatro deles são de Mato Grosso e dois de São Paulo. Em 27 de novembro, cinco foram presos em Cuiabá, Várzea Grande e nas cidades paulistas de Pindamonhangaba e Taubaté. Um dos alvos fugiu, e as mães de três dos presos também foram detidas, suspeitas de envolvimento em lavagem de dinheiro.
A fraude também envolvia a não quitação de valores de prêmios, com os influenciadores lançando novas plataformas frequentemente para manter o engajamento e evitar desconfiança dos seguidores, que logo paravam de apostar ao perceberem que não eram pagos.