
A jornalista Eliane Cantanhêde, analista política da GloboNews, classificou como “esdrúxulo” o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não ter transferido o cargo ao vice-presidente Geraldo Alckmin durante sua internação na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Para Cantanhêde, não é razoável que um chefe do Executivo permaneça no cargo enquanto passa por cirurgias cerebrais sob anestesia geral.
– É esdrúxulo que um presidente da República que está na UTI, toma anestesia geral e faz cirurgia na cabeça continue ocupando o cargo – afirmou a jornalista na edição desta quinta-feira (12) da Central GloboNews.
Eliane sugeriu que a decisão de não transmitir o cargo poderia ter sido influenciada pela primeira-dama, Janja da Silva, temendo que a transferência gerasse a percepção de que a situação de Lula fosse mais grave do que aparenta. No entanto, a analista destacou que o Brasil vive um momento de estabilidade institucional, o que deveria permitir decisões alinhadas à Constituição.
– Tudo bem, a Janja pode até ter pensado: “Ih, vão achar que é mais grave”, “ih, pode dar algum problema”. Mas estamos em um período de estabilidade institucional. Não faz sentido, do ponto de vista constitucional, um presidente permanecer no cargo enquanto está sendo operado sob anestesia geral – concluiu.







