Na segunda-feira (9.dez.2024), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos, foi levado ao hospital após sentir fortes dores. Exames identificaram um sangramento intracraniano de cerca de 3 cm no lado esquerdo da cabeça, que já pressionava o cérebro. Caso o atendimento médico tivesse sido adiado, o quadro poderia evoluir para coma ou até mesmo morte.

Lula vinha relatando dores há uma semana, período em que realizou quatro voos e cumpriu agendas no Mato Grosso do Sul, Uruguai e São Paulo. Na segunda-feira, apresentou sintomas gripais e febre, e pessoas próximas notaram que ele estava abatido e indisposto.

Após ser examinado, os médicos decidiram transferi-lo para São Paulo devido à gravidade do caso. A hemorragia foi localizada entre o cérebro e a dura-máter, a camada externa da membrana meníngea, e poderia piorar com o aumento da pressão intracraniana.

O presidente foi levado ao hospital Sírio-Libanês em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), utilizando oxigênio durante o trajeto. Ao chegar a São Paulo, foi submetido a uma trepanação craniana para drenar o sangramento. O procedimento durou cerca de três horas e foi concluído com sucesso.

Apesar dos riscos, Lula estava consciente ao final da operação e segue em recuperação, com acompanhamento médico constante.