
Com o início do verão marcado para 21 de dezembro de 2024, às 6h21, e encerramento em 20 de março de 2025, às 6h02, o Brasil se prepara para dias mais quentes e longos. A nova estação, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), terá características diferentes do verão anterior, que foi intensamente influenciado pelo fenômeno El Niño.
Desta vez, o El Niño não será um fator determinante, e há 60% de probabilidade de que condições de La Niña se desenvolvam no início de 2025. Esse fenômeno, conhecido por provocar chuvas intensas no Norte e Nordeste e secas no Sul, deve ser breve, encerrando-se em abril. Outro sistema climático relevante é a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que pode alterar o padrão de chuvas no Norte e Nordeste dependendo de sua posição.
Previsão de chuvas no verão
A estação costuma registrar volumes de chuva superiores a 400 mm na maior parte do país, mas o Inmet aponta irregularidade para 2024/2025.
Áreas com previsão de chuvas abaixo da média:
- Norte: Tocantins e centro-oeste de Rondônia.
- Nordeste: Grande parte da região, incluindo Pernambuco, Paraíba e Alagoas.
- Centro-Oeste: Chuvas próximas ou abaixo da média.
- Sudeste: Ligeiramente abaixo da média em toda a região.
- Sul: Chuvas abaixo da média na maior parte da região.
Áreas com previsão de chuvas próximas ou acima da média:
- Norte: Acre, Roraima, Amapá, Pará, Amazonas e sul de Rondônia.
- Nordeste: Maranhão e Piauí com tendência de chuva acima da média.
- Centro-Oeste: Oeste do Mato Grosso com chuvas próximas ou ligeiramente acima da média.
- Sul: Leste do Paraná, São Paulo e nordeste de Santa Catarina com chuvas próximas da média.
Previsão de temperaturas
O calor será intenso em todo o país, com temperaturas acima da média histórica. Em regiões como Maranhão, Piauí, oeste da Paraíba, Pernambuco e grande parte da Bahia, os termômetros podem registrar valores mais de 1°C acima da média.
Áreas com maior incidência de chuvas durante o verão também terão alta umidade, agravando a sensação de calor e desconforto térmico. Em boa parte do Brasil, as temperaturas podem superar a média em 0,5°C ou mais, consolidando o verão como uma das estações mais quentes dos últimos anos.
O prognóstico reforça a necessidade de atenção aos efeitos climáticos extremos, especialmente nas áreas suscetíveis a secas ou chuvas intensas.