
A Polícia Federal (PF) prendeu na noite de domingo (22) o cacique Tserere Xavante, acusado de liderar os ataques à sede da corporação em Brasília (DF) em dezembro de 2022. A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao descumprimento de medidas cautelares.
Tserere, que estava proibido de deixar o país, fugiu para a Argentina e foi capturado na fronteira com o Brasil. Ele foi levado para Foz do Iguaçu, no Paraná, onde aguarda audiência de custódia prevista para esta segunda-feira (23). Durante a audiência, um juiz decidirá sobre a legalidade da prisão e sua continuidade.
O cacique ganhou destaque entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente durante o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Evangélico e autoproclamado pastor, ele produzia vídeos nas redes sociais em defesa de Bolsonaro e questionava os resultados das eleições de 2022.
Em 12 de dezembro de 2022, apoiadores do ex-presidente tentaram invadir a sede da PF em Brasília, incendiaram veículos nos arredores e causaram danos em outros pontos da cidade, como o Estádio Mané Garrincha. O ato foi atribuído à prisão de Tserere, solicitada na época pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada pelo STF.





