Nesta quarta-feira, rodoviários de Manaus protestaram e paralisaram por 20 minutos grande parte do sistema de transporte público, bloqueando as avenidas Constantino Nery e Leonardo Malcher. O ato foi motivado por atrasos no pagamento de salários e benefícios, deixando passageiros retidos dentro dos ônibus e gerando insatisfação generalizada.

O protesto ocorre poucos dias após o prefeito de Manaus, David Almeida, anunciar o reajuste da tarifa do transporte público, que pode elevar o preço para R$ 8,10. A medida, considerada abusiva por muitos, está sob investigação do Ministério Público, especialmente devido ao estado sucateado do sistema de transporte da capital.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, liderado por Josenildon Mossoró, a paralisação foi um recado direto aos empresários do setor e à Prefeitura. O vice-presidente do sindicato, Josenildo Oliveira, reforçou: “Os trabalhadores não aceitam trabalhar sem receber”. Os salários deveriam ter sido pagos até às 15h desta quarta-feira, quinto dia útil do mês.

A manifestação causou caos no Terminal 1 (T1), gerando longas filas e revolta entre os usuários do sistema. Nas redes sociais, críticas ao prefeito foram abundantes. “Foi só o prefeito ganhar a eleição para os problemas aparecerem”, comentou uma usuária indignada.

David Almeida, que está fora da cidade para um período de 14 dias de férias, não se pronunciou sobre a situação, deixando a população e os rodoviários sem respostas ou medidas concretas para resolver a crise.