
A delegada Sabrina Deffente, responsável pelas investigações sobre o caso do bolo envenenado com arsênio no Rio Grande do Sul, declarou que está convicta de que a suspeita, Deise Moura dos Anjos, é uma assassina em série. Segundo ela, Deise teria envenenado outras pessoas próximas à família, sem ser descoberta por um longo período.
“Há fortes indícios de que ela tenha provocado outros envenenamentos. Não temos dúvida de que ela praticava homicídios em série e apagava provas que pudessem levá-la até ela”, afirmou Deffente em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (10).
A delegada também relatou que, após a morte do sogro, em setembro de 2023, Deise tentou, sem sucesso, realizar a cremação do corpo. O cadáver foi exumado e exames confirmaram a presença de arsênio, a mesma substância usada no bolo envenenado que matou outras três pessoas da família durante uma comemoração de Natal em dezembro.
“Deise é tão dissimulada que, mesmo tendo um relacionamento conturbado com a família do marido, após adquirir o arsênio, ela dizia que estava com saudade da sogra e queria vê-la”, acrescentou Sabrina.
Entre as vítimas de Deise estão as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos, a filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos, e o sogro Paulo Luiz dos Anjos. As motivações para os assassinatos são consideradas banais: uma desavença de 20 anos com a sogra, relacionada a um empréstimo de R$ 600, e uma disputa com Tatiana, que se casou na igreja que Deise desejava.
O delegado Heraldo Guerreiro, subchefe da Polícia Civil, afirmou que Deise provavelmente não sairá da cadeia “nesta vida”.






