A gestão de Lula (PT) enfrenta um momento delicado após a polêmica em torno da fiscalização do Pix. Segundo Daniela Lima, da GloboNews, o episódio expôs fragilidades do governo, que acumulou derrotas tanto na política quanto na comunicação. Nos bastidores, aliados e adversários concordam que o Planalto demonstrou “inaptidão” e reforçou sua dependência do Centrão, ampliando o “poder de fogo” do bloco político.

– O governo conseguiu a proeza de perder sem sequer disputar. A derrota evidenciou a falta de coordenação política e ampliou a pressão por uma reforma ministerial mais ampla do que Lula pretende – escreveu a jornalista.

Desgaste com a base da pirâmide

A reação popular também foi crítica. A fiscalização do Pix, que gerou temor entre trabalhadores como pedreiros e faxineiras, acabou causando desconfiança até entre eleitores do governo. Apesar de o Planalto insistir que os temores eram alimentados por fake news, o recuo reforçou a percepção de fragilidade.

– Quando o governo volta atrás, ele valida o pânico inicial. Isso é um erro grosseiro, principalmente porque reforça a narrativa de quem espalhou a desinformação – disse um especialista em comunicação ligado a ministros de Lula.

Críticas à postura de Lula

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi categórico ao afirmar que a condução do episódio expôs um presidente sem apetite para governar.

– Ele parece blindado, alheio aos problemas, que só chegam a ele tarde demais – avaliou o parlamentar.

Nikolas Ferreira como vencedor

Entre os opositores, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) emergiu como um dos grandes vencedores do episódio. O vídeo em que criticou a medida alcançou centenas de milhões de visualizações, consolidando sua posição como uma das principais vozes da oposição.

– Ele só não é pré-candidato à Presidência em 2026 porque não tem idade para isso – comentou uma fonte da direita ouvida por Daniela Lima.

Com 28 anos, Nikolas ainda não alcançou os 35 anos exigidos pela legislação brasileira para concorrer ao cargo máximo do Executivo.