
Circula nas redes sociais um vídeo polêmico gravado neste domingo (26), em Porto Alegre (RS), que mostra um homem usando uma coroa de espinhos com as cores da bandeira LGBTQ+ fazendo uma performance de striptease. Durante o ato, o público presente canta “Vamos tirar Jesus da cruz”. O artista se despe até ficar apenas de sunga e, de braços abertos, se joga na multidão, simulando uma crucificação.
A apresentação ocorreu durante o Bloco da Laje, um coletivo carnavalesco fundado em 2011, e foi realizada ao som da música Pregadão, que faz referência a Jesus. A performance gerou revolta entre cristãos e figuras públicas, que acusam o ato de ser blasfemo e ofensivo ao cristianismo.
O vereador de Canoas (RS), Ezequiel Vargas Rodrigues (PL), criticou duramente a performance, alegando que “o movimento que prega direitos ataca diariamente o cristianismo”. Rodrigues, inclusive, apresentou um projeto de lei em sua cidade para proibir o uso de símbolos cristãos em paradas LGBTQ+.
O pastor Renato Vargens também se manifestou, destacando o que considera um “relativismo hipócrita” ao apoiar a performance enquanto condenam manifestações cristãs em outros contextos, como no caso envolvendo a cantora Claudia Leitte.
O ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo) questionou em suas redes sociais se os integrantes do movimento LGBTQ+ também serão investigados por racismo religioso, comparando o episódio a denúncias semelhantes contra outros artistas.
Já a vereadora Mariana Lescano (PP), de Porto Alegre, identificou pessoas que participaram do ato e encaminhou o caso ao Ministério Público, pedindo investigação. “Não iremos tolerar esses crimes em Porto Alegre”, afirmou.
A polêmica segue repercutindo, dividindo opiniões sobre liberdade artística e respeito à fé cristã.